segunda-feira, 25 de abril de 2016

Comitê pela Prevenção de Homicídios na Adolescência faz audiência no Jangurussu


Mais de 100 moradores estiveram presentes à audiência pública, interessados em ouvir e contribuir com as discussões. Este foi terceiro bairro da Capital a receber a audiência pública do Comitê. O próximo encontro será no Vicente Pinzon. O presidente do Comitê, deputado Ivo Gomes (PDT), abriu a reunião explicando para os moradores quais os objetivos e a importância deste trabalho. Ele lembrou ainda que está completando cinco meses da chacina do Curió, na Grande Messejana, quando 11 pessoas, a maioria jovens de até 19 anos, foram executados. “Nós queremos prestar nosso respeito e solidariedade às famílias das vítimas”, destacou o parlamentar. A audiência recebeu a mãe de uma das vítimas da chacina, Maria Suderli Pereira de Lima, que é moradora do Jangurussu. Seu filho, Jardel Lima, de 17 anos, foi morto quando estava na casa de uma tia que mora no Curió. Ela fez um apelo para que as pessoas deixem o medo de lado e busquem justiça. A mãe também afirmou que a iniciativa do Comitê é importante para entender os problemas que levam à violência contra os jovens e encontrar uma solução. O relator do Comitê, deputado Renato Roseno (Psol), ressaltou a importância do contato direto com a população, para entender o que foi feito e o que deve ser realizado para evitar que mais jovens sejam vítimas da violência. “Quando uma geração mais velha enterra uma geração mais nova algo muito errado está acontecendo”, pontuou o parlamentar. O coordenador do UNICEF em Fortaleza, Rui Rodrigues Aguiar, explicou que, ao contrário do que muitos poderiam esperar, os adolescentes estão interessados e têm participado dos debates. Segundo ele, os jovens e demais moradores estão trazendo informações sobre questões do dia a dia da comunidade e que ajudam a compreender o contexto desses bairros. "Os participantes têm falado sobre necessidade de mais oportunidades, colocação no mercado de trabalho, violência na abordagem policial e até sobre a necessidade de assistência para a família que sofreu com a morte de um jovem”, explicou. O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, deputado Zé Ailton Brasil (PP) ressaltou que é muito positivo levar para os bairros as discussões. “É fundamental essa troca de idéias diretamente entre o Parlamento e a sociedade”. Também estiveram presentes à audiência representantes da Coordenadoria de Juventude do Estado, Cuca, Coletivo Jangurussu de Resistência, Regional VI e Fórum Popular da Grande Parangaba. JM/AP
 
Fonte: AL Ceará                   11/04/2016 (00:00)                                                                                                  

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